Cinanima
O Cinanima, primeiro e único festival de cinema de animação em solo português, surge em 1976/77 , na cidade de Espinho, pela mão da Cooperativa Nascente da qual fazia parte António Gaio, actual director do festival.
António Gaio conta que “em 1976 foi organizada uma mostra de Cinema de Animação Checoslovaco, (…) uma espécie de ensaio geral para o Cinanima” que só no ano seguinte, em 1977, teve a sua primeira edição, conta-nos ainda que o Cinanima viveu entre 77 e 81 uma fase complicada, marcada por “uma série de discussões entre a comissão organizadora e a direcção da cooperativa Nascente”, que viria mesmo a ocasionar a demissão da comissão organizadora.
É nessa altura que António Gaio assume e assegura a continuidade do festival, do qual é presidente desde 1981.
O Cinanima surgiu com o objectivo de promover o cinema de animação, a exibição de obras cinematográficas inéditas em Portugal e estimular o desenvolvimento do ensino do cinema de animação. Na minha opinião, fez muito mais do que isso.
Foi nos primeiros ateliers de formação do Cinanima que se formaram grandes nomes do Cinema de Animação, como Abi Feijó, Marina Estela Graça, Manuel Tentúgal, Clídio Nóbio, entre outros. Foi essa “Geração Cinanima” que impulsionou e continua de certo modo a impulsionar o cinema de animação em Portugal, através das mais variadas actividades. Exemplo disso é o trabalho desenvolvido por Abi Feijó: trabalhou como professor na Cooperativa Árvore (1980 a 1990), orientou vários workshops, tanto a nível nacional como internacional, direccionados para crianças e adultos, deu aulas na Universidade Católica do Porto e na Escola Superior Artística do Porto, foi júri em várias competições e festivais, foi presidente da ASIFA (2000-2002) [1], criou o estúdio de animação “Filmógrafo” e funda a Casa da Animação, da qual também é presidente.
Marina Estela Graça é outro dos nomes da “Geração Cinanima” que contribuiu e continua a contribuir para o desenvolvimento do cinema de animação: efectuou o seu mestrado e doutoramento em cinema de animação, foi professora e investigadora na Universidade do Algarve, onde teve um papel decisivo na criação de disciplinas de imagem animada no curso de Formação de Professores em Educação Visual e Tecnológica, e Design, participou em várias conferências internacionais e publicou alguns livros e ensaios. Em 2001 presenteou o Cinema Português de Animação com a sua curta-metragem "Interstícios".
Dando cartas na formação, o Cinanima estava não só a "ensinar a fazer", mas a "ensinar a ver", aliando inteligentemente o seu carácter lúdico a uma componente didáctica muito forte, educando o público, colocando-o em contacto com realidades diferentes daquelas que até então eram oferecidas .
Para além de se preocupar em apresentar cinema de animação para o público, o Cinanima preocupou-se também em apresentar um público para o cinema de animação, e é este, na minha opinião, um dos motivos mais fortes para o êxito nacional e internacional do festival.
Parabéns Cinanima!
Ateliers do Cinanima (1978-1995)
1978-Equipa representante da organização internacional BILIFA-Bureau Internacional de Liaison des Institutes du Film d’Animation chefiada pelo professor Gaston Roch.
1979-Professor Gaston Roch, e equipa de monitores franceses da “Collodion Humide” e animadores locais.
1980-Professor Gaston Roch, e equipa de monitores franceses da “Collodion Humide” e um grupo de animadores da Cooperativa Nascente.
1981-Atelier orientado porr Carvalho Baptista, Pedro Lopes e Adelino Lopes Aguiar.
Para além das colaborações habituais em anteriores ateliers, teve este ano a participação do Clube Microcine de Lisboa. um clube de cinema de amadores que desde há muito se vem dedicando também à divulgação, ensino e produção de cinema de animação em super-8
1983-Avelino Nunes
1985-Animatona Portuguêsa Álvaro Feijó, Rui Bras, José Carlos Gonçaslves e Sergio Saraiva.
1987-II Animatona portuguêsa, André Leduc e a sua equipa, Alberto Lírio e Avelino Nunes.
1988-Fernando Galrito, Manuel Duran, Margarida Azevedo, Miguel França, Alfons Mensdorf e Milan Svatos (Checoslovaquia)
1989-Manuel Duran, Margarida Azevedo, Miguel França, Jordi Artigas e José Jorna (Espanha)
1990-Margarida Azevedo, Miguel França e Jochen Ehmenn (Alemanha).
1995 - Organizado pela ASIFA e pelo CINANIMA
Abi Feijó (Portugal), Jessica Langford (, Reino Unido), Jean-Luc Slock (Bélgica), Jaroslav Baran (Eslováquia) Wilson Lazaretti (Brasil) Paulina Vieira, João Católico, Margarida Terra, Carlos Magalhães, Marina Estela Graça (Portugal)
[1] Associação Internacional do Filme de Animação
António Gaio conta que “em 1976 foi organizada uma mostra de Cinema de Animação Checoslovaco, (…) uma espécie de ensaio geral para o Cinanima” que só no ano seguinte, em 1977, teve a sua primeira edição, conta-nos ainda que o Cinanima viveu entre 77 e 81 uma fase complicada, marcada por “uma série de discussões entre a comissão organizadora e a direcção da cooperativa Nascente”, que viria mesmo a ocasionar a demissão da comissão organizadora.
É nessa altura que António Gaio assume e assegura a continuidade do festival, do qual é presidente desde 1981.
O Cinanima surgiu com o objectivo de promover o cinema de animação, a exibição de obras cinematográficas inéditas em Portugal e estimular o desenvolvimento do ensino do cinema de animação. Na minha opinião, fez muito mais do que isso.
Foi nos primeiros ateliers de formação do Cinanima que se formaram grandes nomes do Cinema de Animação, como Abi Feijó, Marina Estela Graça, Manuel Tentúgal, Clídio Nóbio, entre outros. Foi essa “Geração Cinanima” que impulsionou e continua de certo modo a impulsionar o cinema de animação em Portugal, através das mais variadas actividades. Exemplo disso é o trabalho desenvolvido por Abi Feijó: trabalhou como professor na Cooperativa Árvore (1980 a 1990), orientou vários workshops, tanto a nível nacional como internacional, direccionados para crianças e adultos, deu aulas na Universidade Católica do Porto e na Escola Superior Artística do Porto, foi júri em várias competições e festivais, foi presidente da ASIFA (2000-2002) [1], criou o estúdio de animação “Filmógrafo” e funda a Casa da Animação, da qual também é presidente.
Marina Estela Graça é outro dos nomes da “Geração Cinanima” que contribuiu e continua a contribuir para o desenvolvimento do cinema de animação: efectuou o seu mestrado e doutoramento em cinema de animação, foi professora e investigadora na Universidade do Algarve, onde teve um papel decisivo na criação de disciplinas de imagem animada no curso de Formação de Professores em Educação Visual e Tecnológica, e Design, participou em várias conferências internacionais e publicou alguns livros e ensaios. Em 2001 presenteou o Cinema Português de Animação com a sua curta-metragem "Interstícios".
Dando cartas na formação, o Cinanima estava não só a "ensinar a fazer", mas a "ensinar a ver", aliando inteligentemente o seu carácter lúdico a uma componente didáctica muito forte, educando o público, colocando-o em contacto com realidades diferentes daquelas que até então eram oferecidas .
Para além de se preocupar em apresentar cinema de animação para o público, o Cinanima preocupou-se também em apresentar um público para o cinema de animação, e é este, na minha opinião, um dos motivos mais fortes para o êxito nacional e internacional do festival.
Parabéns Cinanima!
Ateliers do Cinanima (1978-1995)
1978-Equipa representante da organização internacional BILIFA-Bureau Internacional de Liaison des Institutes du Film d’Animation chefiada pelo professor Gaston Roch.
1979-Professor Gaston Roch, e equipa de monitores franceses da “Collodion Humide” e animadores locais.
1980-Professor Gaston Roch, e equipa de monitores franceses da “Collodion Humide” e um grupo de animadores da Cooperativa Nascente.
1981-Atelier orientado porr Carvalho Baptista, Pedro Lopes e Adelino Lopes Aguiar.
Para além das colaborações habituais em anteriores ateliers, teve este ano a participação do Clube Microcine de Lisboa. um clube de cinema de amadores que desde há muito se vem dedicando também à divulgação, ensino e produção de cinema de animação em super-8
1983-Avelino Nunes
1985-Animatona Portuguêsa Álvaro Feijó, Rui Bras, José Carlos Gonçaslves e Sergio Saraiva.
1987-II Animatona portuguêsa, André Leduc e a sua equipa, Alberto Lírio e Avelino Nunes.
1988-Fernando Galrito, Manuel Duran, Margarida Azevedo, Miguel França, Alfons Mensdorf e Milan Svatos (Checoslovaquia)
1989-Manuel Duran, Margarida Azevedo, Miguel França, Jordi Artigas e José Jorna (Espanha)
1990-Margarida Azevedo, Miguel França e Jochen Ehmenn (Alemanha).
1995 - Organizado pela ASIFA e pelo CINANIMA
Abi Feijó (Portugal), Jessica Langford (, Reino Unido), Jean-Luc Slock (Bélgica), Jaroslav Baran (Eslováquia) Wilson Lazaretti (Brasil) Paulina Vieira, João Católico, Margarida Terra, Carlos Magalhães, Marina Estela Graça (Portugal)
[1] Associação Internacional do Filme de Animação
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